quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Quem é você...realmente?

Para assistir ao vídeo clique no link abaixo:

Who Are You.... Really - 15 Translation(s) | dotSUB

Tem legenda em Portugês, na barrinha do vídeo.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Corpo de dor

Recentemente li uma entrevista feita com Eckhart Tolle. Em seguida procurei vídeos dele no youtube, assisti a quase todos, achei fascinante e vou compartilhar com vocês apenas uma de suas colocações. Poderão acessar o link a seguir para ver a entrevista na íntegra.

http://yogajournal.terra.com.br/show_yoga.php?id=1090


Quando você fala sobre o ego, é o mesmo que você chama de “cor­po de dor” nos seus livros? Não, o corpo de dor é o aspecto emo­cional do ego. O ego possui um aspecto mental, que são os pen­samentos com que você se identi­fica, especialmente pensamentos habituais sobre quem você é, e o ego possui também um aspecto emocional, emoções habituais que você experiencia. O corpo de dor é o acúmulo de dores emocionais ex­perienciadas no passado, que ainda vivem alojadas no corpo como um campo de energia. Essa é outra coi­sa muito importante para se estar consciente, pois é tão importante não se identificar com suas emo­ções como é não identificar-se com os seus pensamentos. Da mesma forma que você pode dar um passo, distanciar-se dos seus pensamentos e perceber que você não é o seu pensamento, mas sim a consciência por detrás; da mesma forma você pode sentir ou perceber sua emoção quando ela surge, e dar-se conta de que não é você.
 
Às vezes gosto de usar a expres­são: você percebe que você não é a emoção, mas sim o espaço no qual a emoção surge. Você não é o pen­samento, mas sim o espaço no qual o pensamento surge. Junto com isso vem uma paz interna e tam­bém uma aceitação interna. Isso é muito importante, a aceitação interna de tudo que possa surgir neste momento, porque já está lá, surgindo. Em vez de lutar contra uma emoção, pensar “eu não quero sentir isso” quando já estiver sen­tindo, simplesmente aceite a emo­ção que surge... Essa prática é um aspecto im­portante para descolar-se da emo­ção, pois quando você nega ou re­prime a emoção, somente torna-a mais forte. Assim pode dar um pas­so para trás e observar: sim, aí está! Você é o espaço antes disso.
 
Isso se aplica não somente aos pensamentos e emoções, mas a tudo que acontece na sua vida neste momento, tudo que surge externa­mente, qualquer situação em que você se veja dentro. É exatamente como funciona! Muitas pessoas vi­vem negando continuamente, sem aceitar o momento presente, pois querem chegar em outro momento quando acham que estarão melhor (risadas). Você precisa perceber que não existe esse tal de momento fu­turo. A vida consiste no momento presente, a vida se desdobra no es­paço do momento presente. Em ou­tras palavras, o momento presente é tudo que você tem e sempre teve na sua vida, nunca houve e nunca ha­verá nada na sua vida com exceção do momento presente. Você somen­te experimenta a vida no momento presente, e precisa entender isso não somente no nível intelectual, mas sentir ou experienciar a verda­de nessas palavras. É isso, tudo que você sempre possuiu é este momen­to. É de vital importância uma re­lação correta com o momento pre­sente, pois significa ter uma relação correta com a própria vida. Aceitação não somente dos pensamentos e emo­ções, mas também de tudo que acontece nesse momen­to, pois não pode ser de ou­tra forma, já é. Aceite esse momento como ele é, pois se há conflito com o que é, você sofre (risos).
 
Se você olha para o futuro para encontrar essa dimensão mais pro­funda em si mesmo, a qual está além do pensamento, você está na verdade olhando para o pensamen­to para achar essa dimensão mais profunda, uma ilusão. É por isso que muitos praticantes espirituais não chegam a lugar algum (risadas).
 
A resposta – e a essência da espi­ritualidade – está na descoberta da dimensão vertical em você. Não na dimensão horizontal de passado e futuro, não é onde mora a realiza­ção espiritual, mas sim na dimen­são vertical. Você pode ver: a cruz é a intersecção entre a dimensão vertical e a horizontal. Isso é a vida realmente, mas a maioria só enxerga a dimensão horizontal, passado e futuro, e perde a dimen­são vertical, que é o agora. Acredi­tam que o agora não é importante, o que é uma falácia tremenda, uma grande ilusão. Se você acha que o passado e o futuro são mais impor­tantes que este momento, sua vida é disfuncional, e isso é normal, como a maioria das pessoas ainda vive. A descoberta é que na sua vida não existe somente a di­mensão horizontal do passa­do e do futuro (que continua ali), mas que existe também a dimensão vertical da pro­fundidade. Na profundidade você encontra quem você é, a profundidade é inseparável do momento presente. Para a realização espiritual, ou para perceber quem você é além do eu produzido pela mente, além do corpo, não há nada que neces­site adicionar. Nada que necessite adicionar a você para estar mais completo, para então se encontrar, é uma falácia.
 
Há muita coisa na dimensão ho­rizontal que é útil, não nego isso. Você necessita da dimensão hori­zontal, é parte da sua educação, o conhecimento que foi adquirido é parte dessa dimensão. Você tem certo conhecimento na sua mente, aprendeu coisas na escola, na uni­versidade ou em experiências de vida. O tempo é necessário para aprender a tocar piano, para tornar-se bom em Yoga, isso tudo está na dimensão horizontal.
 
Não nego que esse nível também exista, mas se é a única dimensão que conhece, então sua vida é muita limitada, e acaba por encontrar mui­to sofrimento, frustração. O preen­chimento mais profundo nunca vem para você por meio da dimensão horizontal. Qualquer conquista no passado ou qualquer que seja a con­quista no futuro que adicione algo a você nunca irá trazer o preenchi­mento profundo, a felicidade com­pleta. Sobre felicidade, não uso essa palavra com frequência para não parecer superficial – uma profunda sensação de preenchimento é mais profundo que felicidade. A sensação de unidade com a vida. Essa possi­bilidade está aí para qualquer um, para todos. Mas ela não se abre até que você se dê conta da existência da dimensão vertical.
 
A dimensão vertical abre-se de uma maneira bem simples, abre-se assim que você diz sim ao momen­to presente, internamente, em vez de lutar, fugir, negar ou achar que o momento futuro será melhor. En­tão, quando você torna-se um com o momento presente, isso se abre e você não mais é um inimigo do momento presente, você não mais o nega e vê quão importante ele é. Quando você faz isso, e começa a viver dessa maneira, algo da dimen­são vertical se abre dentro de você. E de repente... oh!... a vida torna-se o momento presente, tudo se torna mais vivo e intenso. É a primeira coisa que as pessoas percebem, elas são o momento presente. Então, talvez eu esteja falando muito (ri­sos). Mas é tudo interconectado. Se me faz qualquer pergunta, irá tra­zer tudo... eu não posso responder a uma pergunta sem trazer a essên­cia em si do ensinamento.