terça-feira, 26 de novembro de 2013

Mudança



Toda mudança tem três fases: a morte ou término, a zona neutra, e o renascimento (o novo). Essa morte é o fechamento de um ciclo.

É uma fase que pode ser mais curta ou mais longa; mais fácil ou mais difícil, dependendo do apego que você tem ao que esta morrendo.

Normalmente a maior dificuldade esta na primeira fase porque fomos condicionados a acreditar que toda a desconstrução é negativa. Mas, isso não é verdade.

Quando você está dentro de um ciclo de mudança, ela é positiva. Porém, a desconstrução é sempre dolorida porque o ser humano se apega a tudo – relacionamento, trabalho, casa, filhos...

Muitas vezes a mudança é apenas interna, é um padrão que está sendo dissolvido e se você está apegado a ele, você vai sofrer.

Sri Prem Baba

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

A SOLIDÃO É A DOENÇA DO SER DO NOSSO TEMPO

“A solidão é a doença do nosso tempo“, disse recentemente Thich Nhat Hanh.

Para uns, a evitação do estar sozinho pode se manifestar ao ligar a tevê para que ela fique falando sozinha e “dar a impressão de ter alguém em casa”, para outros na necessidade de programar um encontro no fim-de-semana para evitar que se fique sozinho em casa no sábado ou domingo, ou ainda qualquer evento esportivo ou cultural “porque se não ficaria em casa sem fazer nada”, para outros ainda talvez se manifeste ao acessar o celular ininterruptamente para evitar o silêncio ou o vazio, ou mesmo buscar numa relação conjugal o preenchimento do desconforto de estar sozinho.

Há várias maneiras de sentir e evitar, das menores às maiores, e talvez a mais moderna de todas seja estar ocupado — “estamos ocupados e ficamos ocupados o dia todo para nos conectarmos, mas isso não ajuda, não reduz a quantidade de solidão em nós”, diz Thich Nhat Hanh.

É impressionante como a maioria das pessoas acha que solidão é a falta de gente no nosso convívio, quando, na verdade, ELA É A FALTA DE NÓS MESMOS.

A solidão é um fenômeno interior, não depende de terceiros. Você pode, inclusive, sentir solidão estando no meio de amigos que lhe querem bem.

A solidão, no fundo, representa O QUANTO VOCÊ ESTÁ LONGE DE SI. O quanto você não se aceita. O quanto você não está do seu lado. O quanto você se vê negativamente. O quanto você se culpa e se reprime. Esses processos naturais de auto-rejeição levam você a se sentir sozinho, longe de si.

O primeiro passo, portanto, para acabar com a solidão, é assumir a responsabilidade pela sua própria vida. Quando adota essa atitude, você conquista o poder de lidar com qualquer situação, porque sai da posição de vítima e faz algo concreto para seu próprio bem. Fazer algo por nós mesmos é fundamental para quem quer melhorar a vida. Mudando suas atitudes, um mundo novo e cheio de possibilidades se abre.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Altruísmo

 
 Por  Sri Prem Baba

"Você encarnou nesse plano trazendo presentes para distribuir ao mundo. Porém, você se esqueceu desses presentes, desses dons e talentos que veio compartilhar.

E como você se lembra dos seus dons e talentos? Colocando-se a serviço – a serviço para fazer qualquer coisa. Lembre-se de que os presentes que você trouxe são para distribuir para os outros; e o que te impede de se lembrar desses presentes é justamente o seu egoísmo.

Você caiu no vale da necessidade de amor exclusivo, e está lá de boca aberta, pedindo atenção do mundo, sem querer dar nada em troca. Esse é o esquecimento. É um veneno que vai te matando lentamente. E o antídoto para esse veneno é o verdadeiro altruísmo.”

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Pare de Reclamar !


Por Frederico Mattos


Já fui um reclamão, daqueles bem chatos. Reclamava do tempo, do dia, das pessoas, de mim mesmo.

Tudo estava errado, inclusive eu. Ninguém passava no meu critério incólume. Isso até meus 20 anos.

Meu pai [olha ele aqui] faleceu quando eu estava quase fazendo 19 anos. E não deixei de reclamar por conta de sua doença e tudo que envolveu aquilo. Mas notei que gradualmente essa mania começou a perder força.

Comecei a perceber a inconsistência do hábito constante de me opor às situações cotidianas e simplesmente adotar uma postura de observação sobre os acontecimentos sem necessariamente me fixar neles. [leia +]

O hábito de reclamar é tão grudento e imperceptível para o reclamão que ele pode passar uma vida inteira se queixando de tudo e sendo desagradável sem notar.

RE-clamar, clamar novamente, implorar de novo, reivindicar tudo, eis o que o reclamão faz.

Ele está sempre numa posição passiva e insatisfeita, ao mesmo tempo superior e exigente. O reclamão acha que só ele é o correto e o mundo está errado.

Acredita piamente que sabe sobre tudo o que deveria ser feito e que todas as demais pessoas são infantis e incapazes.

Olha com desdém para tudo e todos. Em sua visão sempre existe um apontamento ou algo que poderia ser corrigido. Parece ter uma perspectiva apropriada de cada acontecimento.

No trabalho seria o melhor chefe do mundo ou pelo menos teria mil lições de etiqueta para seu superior.

Na família tem sempre uma maneira de cutucar alguém e esbravejar uma lição de moral.

No relacionamento será sempre o acusador que tenta “melhorar” o outro.

Notem que o nível de reclamismo de uma pessoa revela o quão amarga ela é. Parece que está sempre olhando para aquilo que falta, quebra e é incompleto. Nada pode bastar na sua sede de insatisfação.

Ela tem um ar de vítima impotente em que tudo à sua volta é sujo e corrupto. Quase como se ela fosse a única pessoa correta que zela pelo bem estar do mundo.

Nesse aspecto o reclamão sempre acha que a dor dele é a única do mundo e que ninguém o compreende. Ele não caiu na real que não existe privilégio [leia +] na vida e que não é especial em absolutamente em nada. As coisas mudam para todo mundo e para ele também.

Qual o clima emocional que uma pessoa reclamona cria à sua volta?

As pessoas se cansam e se afastam. Ninguém consegue permanecer muito tempo na aura de uma pessoa amarga e cheia de razão. Afinal, fatalmente uma hora a reclamação será de você.

Fora o fato que o reclamão está sempre de cara amarrada, bufando e praguejando.

O mal do reclamão é uma inveja com uma pontinha de depressão. Ele está sempre olhando para tudo com um certo amargor invejoso e mascarado. Aquela euforia e libertinagem que critica no vizinho barulhento é a mesma que ele gostaria de poder usufruir caso fosse mais corajoso.

Para remediar o hábito de reclamar, portanto, sugiro algo simples. Coloque movimento na sua vida, deixe de ficar analisando a vida dos outros, adote uma perspectiva positiva sobre os acontecimentos (é possível ser positivo sem ser ingênuo) e pelo bem da humanidade, PARE DE RECLAMAR!




terça-feira, 3 de setembro de 2013

Dança Circular

Com entendimento fenomenológico, visa introduzir e instrumentalizar o Profissional para a aplicação das Danças Circulares em sua prática, com foco no desenvolvimento humano, qualidade de vida, prevenção e acompanhamento de vulnerabilidades em saúde ou social.


Data: 21 e 22 de Setembro de 2013
Horário: 9h00 às 18h00

Focalizadora: Cathia Santos Soares Bueloni

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Vamos refletir?


Juan trabalhava numa fábrica de distribuição de carne. Um dia, quando terminou o seu horário de trabalho, foi a um dos frigoríficos para inspecionar algo, mas num momento de azar a porta fechou-se e ele ficou trancado lá dentro.

Ainda que tenha gritado e batido na porta com todas as suas forças, jamais o poderiam ouvir. A maioria dos trabalhadores estava já em casa e no exterior da arca frigorífica era impossível ouvir o que estava acontecendo lá dentro.

Cinco horas mais tarde, quando Juan já se encontrava à beira da morte, alguém abriu a porta. Era o segurança da fábrica e este salvou a vida de Juan.

John perguntou ao segurança como foi possível ele passar e abrir a porta, se isso não fazia parte da sua rotina de trabalho, e ele explicou:
 

“Eu trabalho nesta fábrica há 35 anos, centenas de trabalhadores entram e saem a cada dia, mas você é o único que me cumprimenta pela manhã e se despede de mim à noite. 
Os restantes me tratam como se eu fosse invisível. Hoje, como todos os dias, você me disse seu simples ‘olá’ na entrada, mas nunca ouvi o ‘até amanhã’. 
Espero o seu ‘olá’ e ‘até amanhã’ todos os dias. Para você eu sou alguém. Ao não ouvir a sua despedida, eu sabia que algo tinha acontecido… Procurei e encontrei!”

quarta-feira, 22 de maio de 2013

O valioso tempo dos maduros






 

“Contei meus anos e descobri que terei (quase) menos tempo para viver
daqui para a frente do que já vivi até agora.

Terei muito mais passado do que futuro.

Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas.

As primeiras, ele comeu displicente, mas, percebendo que faltam poucas,
rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.

Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados.

Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles
admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos
inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar
da idade cronológica, são imaturos.

Detesto fazer acareação de desafectos que brigaram pelo majestoso
cargo de secretário-geral do coral.

'As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.

Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a
essência, minha alma tem pressa...

Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito
humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos,
não se considera eleita antes da hora, não foge de sua
mortalidade.

Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade.

O essencial faz a vida valer a pena.

E para mim, basta o essencial!”

Mário de Andrade

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Meditação

Porque algumas questões não podem ser respondidas pelo Google!

quarta-feira, 17 de abril de 2013

CONSCIÊNCIA CORPORAL

Por Marcelo Landa



Convivemos todos os dias com nosso corpo e ainda assim não o conhecemos, apenas entramos em contato com partes dele quando sentimos dor, incômodo, rigidez ou alguma outra sensação desagradável. Mas será que percebemos a leveza, a fluidez, a força e flexibilidade de um corpo funcional?

Talvez já tenhamos participado de alguma aula de Dança, Yoga, Pilates ou de alguma pratica esportiva onde nos fosse solicitada a atenção especial a alguma parte do corpo especificamente. Talvez tenhamos lido ou ouvido que a Consciência Corporal é importante.

Mas o que é Consciência Corporal? Para que serve?

Consciência Corporal é um processo, uma construção de atitudes que envolvem a observação, estudo, interpretação e organização das informações obtidas através dos sentidos. É a transformação do conhecimento puramente intelectual do corpo, em experiências sensoriais, para o desenvolvimento da propriocepção.

Tão importante quanto o desenvolvimento da consciência corporal, de nossos movimentos, habilidades e limites, é a percepção de nossos desejos, necessidades e a natureza de nossas motivações, pois uma postura saudável é aquela que respeita o próprio corpo, sua participação e interferência no espaço. Que respeita seu próprio ritmo. Que busca qualidade e atenção ao invés de quantidade e alienação.

Trazer nossa atenção para o momento presente já é um bom começo. Perceber o ritmo da respiração, sua profundidade e fluidez é o primeiro passo para refinar e ampliar nossos sentidos. Entrar em contato com nossas sensações. Escutar e sentir nosso corpo. Ações que seguramente nos trarão mais confiança e segurança para iniciarmos um trabalho de qualidade, seja no desenvolvimento de uma técnica esportiva, artística ou terapêutica.

Palavras e teorias podem nos auxiliar na busca de uma melhor compreensão de como funcionamos, mas é fundamental que desenvolvamos o hábito da escuta, da percepção e da experimentação, para que através de nosso próprio corpo saibamos identificar nossas necessidades e fazer mudanças e adaptações necessárias para nosso bem “estar” de maneira eficiente e prazerosa.

Marcelo Landa é Coreógrafo e Professor de Consciência e Expressão Corporal no Studio Koboltz – Movimento e Saúde.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Studio Koboltz - Movimento e Saúde

( Se preferir pode clicar no logo do Youtube no canto abaixo direito )

Coleção de imagens de aulas, encontros e dinâmicas.
São 5 anos de muita alegria, realizações e descobertas.
Obrigado a todas as pessoas que fazem parte da família Koboltz.
Sem vocês, este caminho não seria tão colorido e divertido!

sexta-feira, 22 de março de 2013

Movimento Expressivo

MOVIMENTO EXPRESSIVO também é "dançar conforme a música" que a Vida toca!

Vamos - como no convite para Radiance Dance - dançar o outono que está chegando?

Amanhã, sábado 23 de março, às 15h00
Studio Koboltz
Rua Luis Góis 1248 - fone 5072.3799

Com Maria Rita Prado Marcondes
(Movimento Expressivo, Biodanza, Psicologia Junguiana)
 

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Despertar


Por Sri Prem Baba

"Conforme vai progredindo no trabalho de desenvolvimento pessoal, você sente um crescimento, porque vai se apropriando das partes suas que estavam relegadas ao plano da sombra. Essa fase é absolutamente necessária, e faz parte da condição evolutiva, porém ela acaba criando também o condicionamento de querer cada vez mais. Então, chega um estágio em que não é mais assim, e você entra numa nova fase. Mas, para entrar nessa fase, é preciso focar na questão da identidade. Com quem você se identifica? Com qual parte sua você está identificado? Você é o seu corpo? Você é a sua história? Ou você é a testemunha que a tudo observa? Você é a nuvem ou o céu? Essa observação desapegada é o início do despertar."

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

O "TROTE TERRÍVEL" QUE NOS FAZ PERDER O OBJETIVO DA VIDA INTEIRA.

 Por Alan Watts


“Na música, ninguém faz do final o objetivo. Se fosse assim, os melhores maestros seriam os que tocassem mais rápido; e existiriam compositores que só escreveriam finais. Pessoas iriam aos concertos para ouvirem apenas o último acorde — porque esse seria o final.

Mesma coisa na dança — você não busca um ponto particular na sala; onde você deveria chegar. O objetivo da dança toda é dançar. Mas, não vemos isso ser traduzido pela nossa educação, para nossa vida diária. Temos um sistema escolar que nos passa uma impressão completamente diferente. É tudo serializado — e o que fazemos é colocar uma criança em um corredor com um sistema de séries, com um tipo de “venha gatinho, aqui aqui aqui…”.

E você vai por jardim de infância, e isso é ótimo, porque quando você finalizar, você vai pra primeira série. E então, veja, a primeira série leva pra segunda série, e assim por diante… E então você sai da escola básica e vai o ensino superior – está acelerando, a coisa está chegando… Então você vai pra faculdade, e então para a escola de graduação, e quando você acabou a graduação, você sai pro mundo. E então você consegue alguma ocupação onde você vende seguro. E você tem uma meta pra bater. E você vai batê-la.

Todo o tempo, aquela coisa está vindo, está vindo, está vindo — aquela grande coisa, o sucesso que você está se dedicando.

Então quando você acorda um dia aos 40 anos de idade, você diz “Meu Deus! Cheguei! Estou aqui!”. E você não se sente muito diferente do que sempre sentiu. E há uma pequena tristeza, porque você sente que foi um trote. E foi um trote. Um trote terrível.

Eles fizeram você perder tudo. Por causa de expectativa.

Olhe para as pessoas que vivem para se aposentar, economizando dinheiro. E então quando eles tem 65 anos, e não tem mais nenhuma energia, são mais ou menos impotentes, eles vão e apodrecem em uma comunidade de cidadãos idosos. Poque nós simplesmente traimos nós mesmos, durante todo o caminho.

Nós pensamos que a vida, por analogia, era uma jornada, uma peregrinação, que teria um sério objetivo no final. E o objetivo era chegar nesse final. Sucesso, ou o que quer que seja, talvez o paraíso depois que estivesse morto. Mas perdemos o espírito durante todo o caminho.

Era uma música, e nós deveríamos ter cantado, ou dançado, enquanto a música estava sendo tocada“.