quinta-feira, 24 de outubro de 2013

A SOLIDÃO É A DOENÇA DO SER DO NOSSO TEMPO

“A solidão é a doença do nosso tempo“, disse recentemente Thich Nhat Hanh.

Para uns, a evitação do estar sozinho pode se manifestar ao ligar a tevê para que ela fique falando sozinha e “dar a impressão de ter alguém em casa”, para outros na necessidade de programar um encontro no fim-de-semana para evitar que se fique sozinho em casa no sábado ou domingo, ou ainda qualquer evento esportivo ou cultural “porque se não ficaria em casa sem fazer nada”, para outros ainda talvez se manifeste ao acessar o celular ininterruptamente para evitar o silêncio ou o vazio, ou mesmo buscar numa relação conjugal o preenchimento do desconforto de estar sozinho.

Há várias maneiras de sentir e evitar, das menores às maiores, e talvez a mais moderna de todas seja estar ocupado — “estamos ocupados e ficamos ocupados o dia todo para nos conectarmos, mas isso não ajuda, não reduz a quantidade de solidão em nós”, diz Thich Nhat Hanh.

É impressionante como a maioria das pessoas acha que solidão é a falta de gente no nosso convívio, quando, na verdade, ELA É A FALTA DE NÓS MESMOS.

A solidão é um fenômeno interior, não depende de terceiros. Você pode, inclusive, sentir solidão estando no meio de amigos que lhe querem bem.

A solidão, no fundo, representa O QUANTO VOCÊ ESTÁ LONGE DE SI. O quanto você não se aceita. O quanto você não está do seu lado. O quanto você se vê negativamente. O quanto você se culpa e se reprime. Esses processos naturais de auto-rejeição levam você a se sentir sozinho, longe de si.

O primeiro passo, portanto, para acabar com a solidão, é assumir a responsabilidade pela sua própria vida. Quando adota essa atitude, você conquista o poder de lidar com qualquer situação, porque sai da posição de vítima e faz algo concreto para seu próprio bem. Fazer algo por nós mesmos é fundamental para quem quer melhorar a vida. Mudando suas atitudes, um mundo novo e cheio de possibilidades se abre.