terça-feira, 18 de dezembro de 2012

"O QUE SOMOS, DIZEMOS, PENSAMOS, QUEREMOS, SENTIMOS, FAZEMOS"

Por Jackson Kiddard

As palavras abaixo, do empreendedor francês Jackson Kiddard - que virou filósofo e yogue e morreu na Índia em 1901 - parecem ser um mosaico sintetizado de várias sabedorias importantes para o auto-conhecimento — lembram de Buda Sakyamuni e Fernando Pessoa, mas com uma força diferente por estarem todas num mesmo t

exto, num mesmo discurso. Todo ele direcionado a nós e ao que somos, dizemos, fazemos, queremos, sentimos e vivemos.

“Tudo que você acha normal é uma benção. Tudo que você teme é um amigo que vem sob um disfarce. Tudo que você quer é uma parte de você. Tudo que você odeia, você odeia a respeito de si mesmo. Tudo que você possui não define você. Tudo que você sente é a única Verdade que há para se saber.

Tudo que você deseja já está em seu caminho pra você. Tudo que você pensa cria sua vida. Tudo que você procura vai encontrar. Tudo que você resiste vai permanecer com você. Tudo que você solta e deixa acontecer fica com você se tiver que ficar. Tudo que você precisa está exatamente onde você está.


Toda vez que você abençoa um outro abençoa a si mesmo. Toda vez que você culpa um outro você perde seu poder. Toda vez que você pensa que pode, você pode. Toda vez que você cai você deve levantar-se e tentar de novo. Toda vez que você chora você fica uma lágrima mais perto da alegria. Toda vez que você pede perdão, tudo que tem que fazer é perdoar a si mesmo.


Tudo que você vê é seu reflexo. Todos que você conhece espelham você. Todos querem ser felizes. Todos querem viver com alegria. Todo mundo procura um propósito superior. Todo mundo respira o mesmo ar. Todos precisam de amor pra sobreviver. Todos tem um propósito para realizar.


Todos são iguais a todos. Nós apenas nos confundimos com categorias, nomes, cor de pele e religião. Todos são iguais a todos os outros. Ninguém quer sentir dor. Todos são iguais a todos. Todos estão morrendo para que o amor possa prevalecer”.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

MEDITAÇÃO


   
Criar e manter o hábito de meditar é um dos maiores desafios da prática, mesmo para quem aparentemente já conhece a importância dela e está decidido a se dedicar diariamente. Pra tentar ajudar no início, o ex-jornalista, escritor e blogueiro Leo Babauta, autor do blog Zen Habits, expõe cuidados básicos mas muito importantes para que a prática comece bem e continue bem, mesmo que possa parecer superficial por causa do tempo curto.

Mesmo que você pretenda mergulhar numa prática mais longa e associada a alguma grande escola de sabedoria, que para muitos é passo fundamental na busca séria e dedicada do auto-conhecimento, a disciplina e o hábito são virtudes essenciais em qualquer prática de meditação, de qualquer origem e método. Nesse sentido, as dicas abaixo são bastante úteis.

COMO MEDITAR DIARIAMENTE
Por Leo Babauta (Zen habits)

“Há várias e várias maneiras de meditar. Mas nossa preocupação não é encontrar uma forma perfeita de meditação – é criar o hábito diário de meditar. E por isso nosso método será o mais simples possível.

1. Comprometa-se com apenas 2 minutos por dia. Comece simplesmente se você quiser que o hábito permaneça. Você pode fazer por 5 minutos se você se sentir bem, mas você tem que se comprometer mesmo é com 2 minutos em cada dia.

2. Escolha uma horário e um “disparador”. Não uma hora exata no dia, mas uma momento em geral, como de manhã quando você acorda, ou durante a hora do almoço. O disparador deve ser algo que você já faz regularmente, como beber a primeira xícara de café, escovar os dentes, almoçar ou chegar em casa do trabalho.

3. Encontre um lugar quieto. Às vezes a manhã é melhor, antes que os outros na sua casa estejam acordados e façam vários barulhos. Alguns podem encontrar um lugar em um parque ou na praia ou em algum lugar calmo. Realmente não importa onde – desde que você possa sentar sem ser incomodado por alguns minutos. Se você estiver num parque e algumas pessoas estiverem caminhando tranquilamente por perto não há problema.

 4. Sente-se confortavelmente. Não se preocupe muito com como se sentar, o que vestir, em que você vai sentar, etc. Particularmente gosto de sentar numa almofada no chão, com minhas costas coladas numa parede, porque sou muito inflexível. Algumas pessoas podem sentar com as pernas cruzadas confortavelmente. Outros ainda podem sentar numa cadeira ou sofá se achar que sentar no chão é desconfortável. Praticantes Zen geralmente usam um zafu, uma almofada redonda enchida com sumaúma ou trigo. Qualquer almofada ou travesseiro serve, e algumas pessoas podem sentar diretamente no chão.

5. Comece com apenas 2 minutos. Isso é realmente importante. A maioria das pessoas vão achar que podem meditar por 15 ou 30 minutos, e podem. Mas esse não é um teste de quão forte você é para permanecer em meditação – nós estamos tentando formar um hábito de longa duração. E pra fazer isso, queremos começar com apenas 2 minutos. Você vai ver que é muito mais fácil começar desse jeito, e criar um hábito com um começo pequeno como esse é um método muito mais inclinado a dar certo. Você pode expandir para 5 ou 7 minutos se você conseguir fazer por 7 dias seguidos, então 10 minutos se você puder manter por 14 dias seguidos, então 15 minutos se você manter por 21 dias seguindos, e 20 minutos para o mês inteiro.

6. Foque na sua respiração. Conforme você inspira, siga sua respiração pelo seu nariz, garganta, pulmões e barriga. Sente-se ereto, mantenha seus olhos abertos mas olhando para o chão e com um foco suave. Se quiser fechar os olhos, tudo bem. Conforme você expira, siga sua respiração de volta pro mundo. Se ajudar, conte – um inspire, dois expire, três inspire, quatro expire… quando chegar a 10, recomece. Se você se perder, recomece. Se você perceber que sua mente vai se perder (e ela vai), apenas preste atenção na sua mente se perdendo, então traga-a  gentilmente de volta para sua respiração. Repita esse processo pelos poucos minutos que você medita. Você não se sairá muito bem no início, provavelmente, mas ficará bom com a prática.

E é isso. É uma prática muito simples, mas você precisa fazer por 2 minutos, todo dia, depois de algum disparador. Faça isso por um mês e você vai ter criado um hábito de meditação diário.”




segunda-feira, 25 de junho de 2012

Movimento Expressivo

Movimento sugere libertade, liberdade de expressão, inclusive do mundo interno, das reações corporais orgânicas.
Descubra-se através da dança focada nas sensações, sentimentos e intuições, num encontro progressivo consigo e com o outro.

MOVIMENTO EXPRESSIVO

Próxima aula: sábado, 30/06 - 15h00
Studio Koboltz
Rua Luis Góis 1248 - tel. 50723799

sábado, 28 de abril de 2012

O CONVITE (Oriah Mountain Dreamer)


O nome é estranho, Oriah Mountain Dreamer, mas o poema dessa escritora canadense não é. “O Convite” é um desafio em forma poética, um poema lúcido, vívido e com uma circunferência que pretende incluir tudo que a vida é, principalmente o âmago das suas experiências. Das nossas verdadeiras experiências, não importa o quão felizes, tristes, solitárias ou coletivas. O que Oriah percebe como falso ou convencional, ela simplesmente diz (e repete ao início de cada verso): “não me interessa“.

Não me interessa o que você faz pra viver. Quero saber o que você deseja ardentemente, e se você se atreve a sonhar em encontrar os desejos do seu coração.

Não me interessa quantos anos você tem. Quero saber se você se arriscaria parecer que é um tolo por amor, por seus sonhos, pela aventura de estar vivo. Não me interessa que planetas estão em quadratura com a sua lua. Quero saber se você tocou o centro de sua própria tristeza, se você se tornou mais aberto por causa das traições da vida, ou se tornou murcho e fechado por medo das futuras mágoas.


Quero saber se você pode sentar-se com a dor, minha ou sua, sem se mexer para escondê-la, tentar diminuí-la ou tratá-la. Quero saber se você pode conviver com a alegria, minha ou sua, se você pode dançar loucamente e deixar que o êxtase tome conta de você dos pés à cabeça, sem a cautela de ser cuidadoso, de ser realista ou de lembrar das limitações de ser humano.


Não me interessa se a história que você está contando é verdadeira. Quero saber se você pode desapontar alguém para ser verdadeiro consigo mesmo; se você pode suportar acusações de traição e não trair sua própria alma. Quero saber se você pode ser leal, e portanto, confiável.


Quero saber se você pode ver a beleza mesmo quando o que vê não é bonito, todos os dias, e se você pode buscar a fonte de sua vida em sua presença. Quero saber se você pode conviver com o fracasso, seu e meu, e ainda postar-se à beira de um lago e gritar à lua cheia prateada: “Sim!”.


Não me interessa saber onde mora e quanto dinheiro você tem. Quero saber se você pode levantar depois de uma noite de tristeza e desespero, cansado e machucado até os ossos e fazer o que tem que ser feito para as crianças.


Não me interessa quem você é, como chegou até aqui. Quero saber se você vai se postar no meio do fogo comigo e não vai se encolher.


Não me interessa onde ou o que ou com quem você estudou. Quero saber o que o segura por dentro quando tudo o mais fracassa. Quero saber se você pode ficar só consigo mesmo e se você verdadeiramente gosta da companhia que tem nos momentos vazios.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O que você é...ninguém pode ser!

As pessoas mais felizes, não têm as melhores coisas
Elas sabem fazer o melhor das oportunidades que aparecem em seus caminhos
Pense nisso! 
O que você tem, todo mundo pode ter
 Mas o que você é... Ninguém pode ser!

Clarice Lispector

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Liberte sua criança interior


Quando foi a última vez que você fez uma coisa pela primeira vez?



 Por Luiz Alberto Machado

É na nossa mais tenra infância que, utilizando uma combinação de espontaneidade, ingenuidade e curiosidade, descobrimos e aprendemos muitas coisas, sendo que algumas delas nos acompanharão por toda a vida, ajudando-nos a resolver problemas e superar desafios.

Lamentavelmente, esse trio – espontaneidade, ingenuidade e curiosidade – vai perdendo força à medida que nós vamos crescendo e passamos a receber uma série de limites e restrições que nos são impostos, primeiro em casa e na escola, e, mais tarde, nos demais ambientes que costumamos freqüentar.


Bob Pike, um dos mais fantásticos especialistas em aprendizagem acelerada, costuma abrir suas apresentações com as “leis de Pike”. Delas (cinco no total), duas aplicam-se como uma luva ao tema deste artigo. A primeira é que “adultos são crianças com corpos grandes”, o que significa que o cérebro do adulto está sujeito, em grande parte, aos mesmos estímulos dos cérebros das crianças. Por que então não deixar que esses cérebros “viajem”, exatamente como “viajam” os cérebros das crianças?


A segunda lei de Pike diz que “a aprendizagem é diretamente proporcional à quantidade de alegria e divertimento que você sente”. Se o jardim de infância foi o último momento de que você se recorda de ter ido para a escola satisfeito e entusiasmado, alguma coisa deve estar errada no sistema formal de ensino, uma vez que a maior parte das pessoas vai à escola emburrada e chateada, encarando-a como uma obrigação e um pesado fardo a carregar, num clima completamente diferente daquele clima de magia do jardim de infância, marcado pelas brincadeiras, pelos jogos, pelas salas coloridas e cheias de desenhos, e também pelo esforço das professoras em estimular a criatividade, a curiosidade e a sociabilidade.

Pois bem. As restrições e limites a que me referi aparecem muitas vezes traduzidos na palavra “não”, que, de acordo com estudos bastante respeitáveis, é a palavra que ouvimos com mais freqüência numa determinada fase de nossa vida. Essa sucessão de “nãos” é indicada por Floriano Serra, um executivo do setor farmacêutico que foi pioneiro, entre nós brasileiros, a enveredar pelos caminhos da criatividade, como um dos motivos pelos quais a maior parte das pessoas tem enorme dificuldade para explorar seu potencial criativo.

Em seu livro “E por que não?” , ele afirma que existem seis “pês” bloqueadores, responsáveis pelo aparecimento de nossos valores, crenças, preconceitos, paradigmas e percepções, que, por sua vez, funcionam como verdadeiros filtros, a partir dos quais enxergamos o mundo. A palavra que ele utiliza para se referir ao efeito bloqueador dos freqüentes “nãos” é proibições e os outros cinco “pês” bloqueadores são pais, professores, patrões, preguiça e perfeição, entendida esta última como a busca obsessiva da perfeição, que se transforma em obstáculo para inúmeras pessoas que não fazem quase nada por acharem que sempre falta alguma coisa. Trata-se do famoso “em busca do ótimo, não se faz o bom”.

Seguramente você é capaz de adicionar outros “pês” bloqueadores a essa lista, não é mesmo?

Os filtros apontados por Floriano Serra fazem com que pensemos sempre da mesma forma, naquilo que Frank Prince denomina de “pensar dentro da caixa”, ou seja, de forma sempre igual, numa rotina que não contribui em nada para a criatividade, o empreendedorismo e a inovação.
Há uma pergunta, que costumo fazer aos participantes de meus cursos e seminários que os deixa, quase que invariavelmente, numa situação constrangedora, dada a dificuldade que encontram para respondê-la. É a seguinte: “Quando foi a última vez que você fez uma coisa pela primeira vez?”

Resgatar a criança interior será fundamental para romper com esse círculo vicioso que caracteriza o dia-a-dia de muitos de nós, ajudando-nos a “pensar fora da caixa” e, em conseqüência, a termos mais estímulos para criarmos, empreendermos e inovarmos.

Como fazê-lo?

Que tal começar por fazer um inventário de coisas que fazíamos com enorme alegria e entusiasmo em nossa infância e que deixamos de fazer por conta dos nossos “pês” bloqueadores e de tantos outros bloqueios que fomos adquirindo – pelas mais diferentes razões – ao longo de nossas vidas?

Está feito o convite!